quinta-feira, 15 de março de 2018





AGASALHADOS NAS MÃOS DE DEUS...


Há tanto tempo morando em uma grande cidade,
Muito aperto, sufoco, congestionamento de veículos e imagens,
Ruídos misturados, temperamentos agitados,
Cérebros alcoolizados, perigosas companhias,
Há tanto tempo televisão, net, celulares,
Há tanto tempo assim,
Que você, ao passar por mim desvia seu lindo olhar,
Quando eu só queria te desejar
Bom dia.

Há tanto tempo olhando para o céu citadino,
E encontrando duas ou quatro estrelas,
Que parece que o firmamento é então tão escasso,
Lâmpadas e fumaças como grossas cortinas nos impedem de olhar o universo...
Mas se você puder ir na natureza, no campo, hotel-fazenda
E olhar para o firmamento sem nuvens...
Te garanto, será uma maravilhosa experiência,
Tu te verás com mais ampliada consciência,
E poderás melhor refletir,
No porvir das constelações,
No destino de nosso planeta,
No teu destino, afinal,
E momentânea e providencialmente apartar-te-ás
De todo o mal e rusguices das cidades,
E tu verás a amplidão, parte maravilhosa da Criação,
E assim, meu irmão,
Poderás voltar a pensar em Deus,
E em todos os Filhos Seus,
Como irmãos...

Trilhões de galáxias ainda não é nada...
E na inconcebível estrada do infinito,
Só podemos ter a noção
Da comunhão dos astros incluindo a nossa Terra,
Onde todos comungamos também na unicidade do mundo,
Mas ao contemplarmos os céus...
Saberemos intuitivamente que nunca estivemos sozinhos no espaço,
E que, de um sistema solar, regaço,
Caminhamos e voamos todos rumo ao inóspito desconhecido
Nunca por nós concebido
E assim poderemos nos ver,
Agasalhados pelas mãos de Deus,
Desde todo o sempre...


Ivanildo Falcão da Gama



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