sábado, 28 de agosto de 2010

NO SILÊNCIO...

 
NO SILÊNCIO...


No silencio que a tudo contém,
Dentro de uma Alma que está aqui e no além
Permeando todo o Universo,
Mergulho na profundeza de meu Ser,
E arrisco assim
A desvelar na noite uma constelação,
De pura harmonia
Na sintonia sideral...
Cósmica,
Celestial.
No mais sutil recôndito de cada um de nós,
Do âmago do vazio que é todo plenitude,
Se navegarmos com a Mente,
Podemos apreender o Coração cósmico que tudo sente,
Interconectado com o coração de nossa alma
Na santa e inestimável calma
De alguém que, dentro do mundo
Também está fora dele,
Em estado de vigília permanente,
Quando de Deus assim, imanente,
Se nos alcança todo o Ser,
Neste nosso indelével viver,
Como uma ventania
Ou como a calmaria
Que em nós mesmos encontramos latente
Na união holística infinita,
Donde um dia chegaremos.
No silencio tudo está
No vazio tudo se cabe,
No silencio voltará
A lembrança transcendente,
De quem somos nós!
De quem é que verdadeiramente sente,
O esplendor de um nada,
Na imensidão da longa estrada.
No silencio posso encontrar-Te, posso me saber mais
Posso compreender o incompreensível, posso navegar no Amor
Que é pura Luz, na sabedoria da humildade que se sabe,
Unido às estrelas,
Unido a todos os seres...
Em comunhão suprema:
Sendo Um com Deus,
Na solidão musical do silencio,
Que a tudo vê, e que tudo pode saber,
Que a todos incondicionalmente ama
E que clama:
Eu te amo, meu Deus!
Porque minha alma por Ti reclama a vivência do éden interior integral,
De um amor multidimensional no espaço todo silente,
Terreal, celestial... Donde em Mim e na Tua criação e infinitamente além dela...
Tu estais oh meu Deus!

Ivanildo Falcão da Gama - Caldas Novas, (GO), 15 de maio de 2010.

Um comentário:

  1. Gosto. Continue nessa vereda... maravilhosa.
    Convido para uma visita ao meu blog Silêncios...
    http://mariaejmr.blogspot.pt/

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